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Conforme a FENPROF já tinha antecipado, os resultados da 1.ª edição do FCT-Tenure apenas irão contemplar uma minoria de investigadores, deixando os restantes sem qualquer solução.
A situação é dramática. Apesar dos múltiplos apelos da FENPROF à tutela (tanto a atual como as anteriores) e das propostas que apresentámos também no âmbito da atual revisão do ECIC, ainda não existe qualquer solução para os investigadores precários com contratos ao abrigo do DL57 que já chegaram, ou em breve vão chegar, ao termo dos seus contratos, sabendo-se que nos próximos seis meses cessarão mais de um milhar de contratos.
Importa recordar que foi pela pressão e luta dos investigadores que o governo anterior lançou o FCT-Tenure, destinado a vincular os investigadores precários. Na primeira versão, contemplava apenas 500 vagas. Por ação da FENPROF e dos seus sindicatos, duplicou o número de vagas. E agora, mais recentemente, passou a 1100, ficando, ainda assim, como oportunamente a FENPROF denunciou, muito aquém das necessidades.
A FENPROF defende que os investigadores e os docentes são pilares do sistema científico nacional e das instituições académicas. Pela produção científica que asseguram, pelos projetos por que competem e realizam e pelo serviço docente que prestam. É absolutamente estratégico que o governo e as instituições de ensino superior e ciência tudo façam para garantir vínculos adequados a estes trabalhadores que vêm desempenhando tarefas de natureza permanente ao longo de anos, se não décadas. É igualmente estratégico que o governo e as instituições de ensino superior e ciência dignifiquem as carreiras e valorizem os salários dos investigadores e dos docentes. Trata-se também de respeitar e reconhecer aqueles que tanto deram e continuam a dar às instituições, à ciência e ao ensino superior.
Perante a gravidade da situação, a luta dos investigadores e dos docentes unidos e organizados é imprescindível para forçar o governo e as instituições a darem resposta aos nossos problemas. Apelamos assim à participação de todos no plenário nacional de investigadores e docentes (online) que se irá realizar no próximo dia 25 de setembro às 14h, onde serão discutidas formas de luta que se tornaram inadiáveis.
A história demonstra que os nossos direitos nunca foram oferecidos. Foram conquistados através da luta!
Os investigadores e os docentes merecem e exigem um vínculo permanente e, com a FENPROF e os seus sindicatos, precisam continuar a lutar até verem concretizado o direito a esse vínculo!