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SPZS REUNIU A SUA DIREÇÃO CENTRAL NOS DIAS 14 e 15 DE JULHO EM ÉVORA

O Palácio D. Manuel em Évora acolheu durante dois dias a reunião da Direção Central do SPZS, foi a ocasião para realizar uma análise aprofundada da situação político-sindical, do ano letivo que findou, de preparar a ação sindical para o próximo ano que se afigura difícil, pelo que já se conhece das políticas educativas e do programa do atual governo.

As medidas previstas nesse programa revelam-se particularmente gravosas para o sector da Educação, bem como para os professores e educadores. Traduzem uma linha política marcada pelo subfinanciamento do ensino público, pela degradação intencional das condições de trabalho nas escolas e pela desvalorização da profissão docente. Por essa razão, é fundamental que tais medidas sejam desmascaradas e analisadas com atenção, inclusive nas suas entrelinhas, para que os docentes possam compreendê-las em profundidade e reforçar a sua mobilização na defesa da Escola Pública, democrática e de qualidade para todos.

Nestes dois dias o SPZS contou também com a participação de oradores convidados, no dia 14, Hugo Dionísio, Jurista e ativista pelos direitos humanos e sociais, autor do site CanalFactual e da MultipolarTV, interveio sobre o avanço da extrema-direita no contexto nacional e internacional, os meios e os propósitos envolvidos, e o seus reflexos na vida dos portugueses na atual conjuntura. Um debate importante e necessário para o total esclarecimento e aprofundamento da consciência política e sindical dos professores e educadores.
No dia 15 foi a vez de João Pedro Barreiros, do Conselho Nacional da CGTP, intervir sobre as guerras, os imperialismos, os populismos, a sua relação com o avanço da extrema direita e a importância dos sindicatos neste contexto. Seguiu-se um debate vivo entre os participantes, onde se reforçou a importância da ação sindical unitária na defesa dos direitos laborais e sociais nos locais de trabalho, da soberania dos povos e da paz.

O SPZS identifica um conjunto vasto de problemas que são sérios, que afetam a Educação e a Ciência e que devem ser resolvidos urgentemente. A falta de professores nas escolas da zona Sul, principalmente no distrito de Faro, destaca-se entre eles, mas também são muito sensíveis problemas estruturais no Ensino Superior e na Ciência.

Insuficiências e discriminações permanecem sem respostas para os docentes do Ensino Particular e Cooperativo, das IPSS e das Misericórdias.  Horários e condições de trabalho em todos os ciclos de ensino foram também questões debatidas, bem como, a monodocência na EPE e 1º CEB e o injusto regime de avaliação de desempenho docente.

O SPZS desde a sua fundação, a 31 de março de 1976, tem assumido uma linha de intervenção sempre ao lado e junto dos professores, dos educadores e dos investigadores, com fortes ligações ao dia-a-dia das escolas, ação só possível existindo uma ligação forte e o fundamental contributo dos seus dirigentes e delegados sindicais.

Nestes dois dias, a Direção do SPZS reafirmou os princípios que deverão orientar a ação reivindicativa dos professores no sentido de tornar a profissão valorizada e atrativa, apontando os problemas e as propostas para a sua resolução.